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Adélio Bispo é Informado na Prisão sobre Cirurgias de Bolsonaro

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Preso desde setembro de 2018 após o atentado contra o então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL), Adélio Bispo permanece detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), onde deverá cumprir medida de segurança até 2038. Considerado inimputável pela Justiça por sofrer de transtorno delirante persistente, Adélio não responde a ação penal e foi absolvido criminalmente. Ainda assim, vive sob um regime de internação que, na prática, se assemelha a uma pena de longa duração, com prazo máximo estipulado em 20 anos.

Na cela de 6 metros quadrados que ocupa em regime de segurança máxima, Adélio tem se recusado sistematicamente a tratamentos médicos, incluindo os remédios prescritos para sua suposta condição psiquiátrica. Segundo agentes da unidade, ele insiste: “Não sou doido”, e recusa tanto os medicamentos quanto os banhos de sol. Seu isolamento é praticamente absoluto — sem visitas familiares há mais de um ano, sem leitura, e sem diálogo com outros detentos. A saúde mental, segundo relatos internos, tem se deteriorado de forma visível.

Recentemente, Adélio foi informado, de forma indireta, sobre as novas cirurgias realizadas por Jair Bolsonaro em decorrência da facada de 2018. Mesmo após quase seis anos, o episódio ainda reverbera na política e na Justiça brasileiras. A repercussão da notícia dentro da penitenciária revela um paradoxo cruel: o homem considerado incapaz de responder pelos próprios atos permanece como figura central em debates sobre segurança, justiça e saúde mental, enquanto o Estado parece não saber exatamente como lidar com ele.

Apesar de sua condição psiquiátrica, a execução penal de Adélio apresenta graves inconsistências. No Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU), consta apenas como “tempo indeterminado” o registro de sua internação, sem qualquer menção aos dias já cumpridos — o que fere princípios básicos de transparência e controle judicial. Um relatório do próprio processo aponta que, oficialmente, nenhum dia de reclusão foi computado.

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Durante o governo Bolsonaro, a Polícia Federal tentou acessar o laudo psiquiátrico de Adélio em uma iniciativa considerada atípica. O pedido, feito em 3 de outubro de 2022 — um dia após o primeiro turno das eleições —, partiu da delegacia da PF em Cascavel (PR), apesar de o último inquérito sobre o caso ter sido encerrado dois anos antes. Sem apresentar justificativa clara, a solicitação foi negada pela Justiça Federal de Campo Grande. O delegado responsável foi intimado a explicar o pedido, mas não respondeu.

A tentativa de acesso ao laudo psiquiátrico de Adélio gerou suspeitas sobre possíveis motivações políticas e demonstrou como, mesmo após anos e a conclusão de investigações que apontaram que ele agiu sozinho, o caso continua cercado de especulações e teorias paralelas — muitas vezes alimentadas por discursos públicos sem base legal.

Sem previsão de transferência para outra unidade, Adélio permanece sob custódia em Campo Grande, que, apesar de ter a melhor estrutura do sistema federal para lidar com transtornos mentais, ainda carece de um tratamento psiquiátrico adequado. Os laudos sobre sua saúde seguem em sigilo absoluto, acessíveis apenas pela Justiça e defensores públicos.

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Apoiadores de Bolsonaro rejeitam bolo do Tio da Marmita em frente ao hospital: “Estamos Aqui para Orar”

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Um grupo de fiéis tem se reunido nos jardins do Hospital DF Star, em Brasília, desde a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), submetido a uma cirurgia no último domingo (13/4) para tratar uma obstrução intestinal.

Neste sábado (19/4), quando Adenilson Cruz, conhecido no Distrito Federal como “Tio Marmita”, chegou ao local oferecendo cerca de seis bolos de diferentes sabores aos presentes, vestindo máscara e alegando estar doente, ele evitou contato direto com os alimentos e pediu ajuda a um influenciador que estava no local para descarregar os quitutes.

Segundo relatos, os fiéis recusaram os bolos temendo que a ação pudesse ser mal interpretada. Um dos presentes, que se identificou como bispo da igreja e lidera orações no local, explicou: “Não queremos ser confundidos com pessoas que acamparam em quartéis-generais (QGs). Estamos aqui para orar pelo presidente”, disse. Com receio de associação política indesejada ou de vigilância das autoridades, o grupo preferiu recusar a doação.

A reação reflete o clima cauteloso que permeia o grupo. Embora reúnam-se diariamente no local, eles negam qualquer intenção de montar uma estrutura permanente. “A intenção não é ‘montar acampamento’, mas sim interceder pela melhora de Bolsonaro”, afirmaram os presentes.

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Desembargador é afastado por 60 dias após postagens pró-Bolsonaro e ataque a Lula nas redes

CNJ aponta que Marcelo Buhatem, fez críticas ao STF e associou presidente Lula ao Comando Vermelho

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Foto: Reprodução

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou, por 60 dias, o desembargador Marcelo Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), por condutas consideradas incompatíveis com a magistratura. Segundo o CNJ, Buhatem fez uso de redes sociais para propagar mensagens político-partidárias, levantar suspeitas sobre o sistema eleitoral e atacar autoridades do Poder Judiciário.

Entre as publicações que embasaram a decisão está uma mensagem compartilhada via WhatsApp em que Buhatem associa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao crime organizado. A postagem, que acompanhava uma notícia sobre a visita de Lula a uma comunidade, trazia a frase: “Lula é convidado de honra do Comando Vermelho”.

Outras manifestações incluíam ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), críticas à imprensa e apoio explícito ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em uma dessas publicações, Buhatem questionou a capa da Folha de S.Paulo com dados do Datafolha, afirmando: “Isso sim, tinha que está (sic) no Inquérito das Fake News! Ato contra democracia!”

Na condição de presidente da Associação Nacional de Desembargadores (Andes), Buhatem também publicou uma nota criticando o ex-deputado Roberto Jefferson por ataques à ministra Cármen Lúcia, mas usou o termo “lobo solitário” — interpretação considerada, pela Corregedoria, como tentativa de dissociar o atentado de qualquer articulação política bolsonarista.

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Apesar de o relator do caso, conselheiro Alexandre Teixeira, ter sugerido um afastamento de 90 dias, prevaleceu o voto divergente do conselheiro Caputo Bastos, que defendeu uma penalidade de 60 dias. A decisão foi aprovada pelo plenário do CNJ no dia 8 de abril.

A defesa de Buhatem afirmou que o desembargador apenas curtiu postagens de cunho institucional e que todas as interações ocorreram após o período eleitoral de 2022. Os advogados negaram qualquer apoio à reeleição de Bolsonaro, participação em atos antidemocráticos e questionaram a validade dos prints de WhatsApp usados como prova.

Essa não foi a primeira vez que as redes sociais do magistrado causaram problemas. Em 2023, por determinação do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, os perfis de Buhatem já haviam sido suspensos. Salomão alertou, na ocasião, sobre a reincidência das condutas mesmo com processos disciplinares em andamento.

Durante a apuração, a Corregedoria também investigou o magistrado por suposta quebra de imparcialidade e omissão em casos com possíveis conflitos de interesse, mas tais acusações não foram comprovadas.

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Homem é detido pela PF após chamar Lula de ladrão durante visita ao interior do RJ

Um agente da PF afirmou que o homem ofendeu o presidente durante a passagem das viaturas do governo federal pela rodovia BR-101

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Um homem foi detido por integrantes da Polícia Federal na segunda-feira (14) após emparelhar o carro com o comboio do presidente Lula (PT) e chamá-lo de ladrão, segundo agentes da corporação.

O caso aconteceu em Campos dos Goytacazes, a 277 km do Rio de Janeiro. Lula esteve na cidade do norte fluminense para inauguração de um novo campus da UFF (Universidade Federal Fluminense).

Um agente da PF afirmou que o homem ofendeu o presidente durante a passagem das viaturas do governo federal pela rodovia BR-101.

Segundo a Secretaria de Comunicação do governo, o motorista emparelhou o carro ao ver o comboio, e a equipe de segurança do presidente deu ordem de parada por considerar a atitude temerária.

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Outras três pessoas estavam dentro do veículo. A abordagem da PF, porém, foi individual ao motorista.

Homem foi detido após chamar Lula de ladrão em Campos dos Goytacazes — Foto: Reprodução/Instagram/@mancheterj

A PF de Campos dos Goytacazes afirmou que o motorista, que não teve a identidade revelada, foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o episódio. Ele foi liberado e vai responder acusação de injúria, de acordo com a polícia.

Um vídeo que circula nas redes sociais, supostamente gravado pelo próprio autor, mostra o momento em que ele chama Lula de “ladrão” e “vagabundo” durante a passagem das viaturas.

Outro trecho mostra o momento em que a PF manda o homem parar no acostamento.

Nesta terça (15), Lula esteve nas obras de ampliação da rodovia Presidente Dutra, na Serra das Araras, em Paracambi, e visitou o complexo industrial da Nissan, em Resende, no sul fluminense.

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