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Erika Hilton acusa embaixada dos EUA de transfobia institucional e cobra resposta do Itamaraty

Deputada federal afirma que teve identidade de gênero negada durante emissão de visto diplomático e quer ação internacional contra o governo americano

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A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) denunciou publicamente nesta semana um episódio que classificou como “transfobia institucional” por parte da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Segundo ela, sua identidade de gênero foi desrespeitada durante o processo de emissão de um visto diplomático — um documento necessário para que ela pudesse participar de uma conferência acadêmica internacional nos Estados Unidos.

Hilton afirma que os funcionários da embaixada se recusaram a reconhecer sua identidade como mulher trans, questionando informações que constam em seus documentos oficiais emitidos pelo Estado brasileiro. A parlamentar, que é uma das primeiras mulheres trans eleitas para o Congresso Nacional, diz ter sido tratada com desdém e desconfiança, o que resultou em atraso e constrangimento no processo de concessão do visto.

Diante do ocorrido, a deputada encaminhou um ofício ao Ministério das Relações Exteriores, solicitando uma reunião com o ministro Mauro Vieira. No documento, ela cobra uma resposta institucional por parte do governo brasileiro e defende a abertura de diálogo diplomático com o governo norte-americano para tratar do caso. Além disso, Erika Hilton articula uma possível ação judicial internacional, com apoio de entidades de direitos humanos, para responsabilizar o governo dos Estados Unidos pelo que chama de “violação dos direitos de uma autoridade pública brasileira”.

“Não se trata apenas de uma ofensa pessoal, mas de um atentado diplomático contra a soberania do Brasil no reconhecimento legal da identidade de seus cidadãos. É inadmissível que uma embaixada estrangeira desrespeite a legislação brasileira e pratique discriminação com base em identidade de gênero”, declarou Hilton em pronunciamento nas redes sociais.

A deputada também ressaltou que o episódio expõe um problema mais amplo de transfobia estrutural, que ultrapassa as fronteiras nacionais. “Se até uma parlamentar é submetida a esse tipo de violência, o que será das pessoas trans que sequer têm a proteção de um mandato?”, questionou.

Até o momento, o Itamaraty não se manifestou oficialmente sobre o caso. A Embaixada dos Estados Unidos também não respondeu aos pedidos de esclarecimento feitos pela imprensa.

Organizações LGBTQIA+ e entidades de defesa dos direitos humanos já demonstraram apoio à deputada, classificando o caso como “grave e simbólico” no contexto da luta por reconhecimento e igualdade para pessoas trans em todo o mundo.

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PL expulsa vereador que teria feito criança de escrav4 s3xu4l: “Não vamos passar pano”

A expulsão foi anunciada oficialmente nessa segunda-feira (2) pela presidente do diretório municipal do PL em Canarana, Cláudia Gervazoni

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O Partido Liberal (PL) decidiu expulsar de seus quadros o vereador Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, de 40 anos, eleito no município de Canarana, localizado a 635 km de Cuiabá. A decisão, tomada em conjunto pelo diretório estadual e municipal da sigla, ocorre após o parlamentar ser preso durante uma operação policial que investiga crimes de abuso sexual infantil.

Thiago Bitencourt é suspeito de envolvimento em fatos considerados “gravíssimos” pela investigação, incluindo a suspeita de manter uma menor como “escrava sexual”.

A expulsão foi anunciada oficialmente nesta segunda-feira (2) pela presidente do diretório municipal do PL em Canarana, Cláudia Gervazoni, juntamente com o presidente estadual do partido, Ananias Filho.

Em comunicado divulgado à imprensa, o partido adotou uma postura firme diante da gravidade das acusações contra o vereador. A nota oficial enfatiza que a sigla não irá “passar pano” ou acobertar os fatos, independentemente de quem esteja envolvido.

“Diante dos fatos gravíssimos em que ele está envolvido, afirmamos com clareza: não vamos passar pano, não importa quem seja”, diz um trecho da nota. O partido reforçou seu compromisso com valores éticos e responsabilidade social. “O PL de Canarana tem lado, e é o lado da ética, do respeito e da responsabilidade com a nossa cidade e com a população”, conclui o comunicado.

A prisão do vereador e sua subsequente expulsão do partido geraram grande repercussão na cidade de Canarana e no cenário político estadual. As investigações sobre os crimes atribuídos a Thiago Bitencourt seguem em curso pelas autoridades policiais.

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Carla Zambelli deixa o Brasil e diz que pedirá licença do mandato

Parlamentar foi condenada em 18 de maio a dez anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); ela afirma que deixou o país em busca de tratamento médico.

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O anúncio foi feito 15 dias depois de Zambelli ser condenada a 10 anos de prisão pela invasão ao sistemas de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias. Eu vim, a princípio, buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e, agora, eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo”, afirmou a deputada em transmissão no YouTube.

Zambelli citou o correligionário, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também deixou o Brasil e se licenciou do cargo.

“Tem essa possibilidade da constituição, acho que as pessoas conhecem um pouco mais essa possibilidade hoje em dia porque foi o que o Eduardo [Bolsonaro] fez também.”

A defesa da deputada disse não saber para onde foi a deputada.

Na decisão que condenou Zambelli, os ministros da 1ª Turma declararam a perda automática do mandato da deputada, com chancela da Mesa Diretora da Casa. Os parlamentares avaliam, porém, que a decisão sobre a perda do mandato é do plenário da Câmara e não da Mesa Diretora.

Embora seja considerada um incômodo pelo o ex-presidente Jair Bolsonaro, a deputada será acolhida pela bancada do PL na Câmara. Bolsonaro já afirmou que considera a deputada a principal culpada pelo fracasso nas urnas em 2022.

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Rodrigo Pacheco aparece em investigação da PF, em lista de criminosos que encomendava mortes de políticos e ministros do Supremo

Organização criminosa cobrava até R$ 250 mil para executar lideranças políticas e membros do Judiciário; Operação da Polícia Federal foi autorizada pelo STF.

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A Polícia Federal identificou o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, em uma anotação apreendida com um grupo investigado por planejar assassinatos de autoridades brasileiras mediante pagamento. A informação foi revelada durante uma operação deflagrada nesta quarta-feira (28), que resultou na prisão de cinco suspeitos.

Os agentes apuram se os criminosos estavam apenas monitorando o parlamentar mineiro ou se havia intenção concreta de atacá-lo. O grupo, segundo as investigações, cobrava valores que chegavam a R$ 250 mil para matar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), congressistas e outras figuras públicas.

A ofensiva da PF ocorre dentro de uma apuração mais ampla e sigilosa sobre venda de decisões judiciais por servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT). A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF.

A investigação teve início em 2023, após o homicídio do advogado Roberto Zampieri, que acabou levando os investigadores a abrir diversas frentes de apuração, incluindo os indícios de corrupção no Judiciário e o funcionamento de um grupo especializado em matar sob encomenda.

Em nota, o senador Rodrigo Pacheco repudiou o fato e classificou a descoberta como uma ameaça direta à democracia brasileira. “Externo meu repúdio em razão da gravidade que representa à democracia a intimidação a autoridades no Brasil, com a descoberta de um grupo criminoso, conforme investigação da Polícia Federal, que espiona, ameaça e constrange, como se o país fosse uma terra sem leis. Que as autoridades competentes façam prevalecer a lei, a ordem e a competente investigação sobre esse fato estarrecedor trazido à luz”, declarou.

Fonte: Divinews

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