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Governo Lula inicia cortes no Orçamento com bloqueio de R$ 31,4 bi para cumprir meta fiscal

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O governo federal anunciou nesta quinta-feira (22) o primeiro corte no Orçamento de 2025: um total de R$ 31,4 bilhões foi congelado, sendo R$ 10,7 bilhões em bloqueio direto de despesas e R$ 20,7 bilhões em contingenciamento — uma manobra orçamentária que adia a liberação de recursos. A medida é parte do esforço do governo Lula para cumprir a meta de déficit zero definida pelo novo arcabouço fiscal.

O anúncio foi antecipado pelo ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), e consta no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) referente ao segundo bimestre. O documento é um termômetro das finanças públicas federais e serve como base para eventuais ajustes nos gastos do governo central.

A publicação do primeiro relatório do ano havia sido adiada devido à aprovação tardia do Orçamento de 2025, que só ocorreu em março. Com isso, a atual divulgação marca a primeira ação concreta de contenção de despesas neste exercício fiscal.

A meta fiscal estabelecida para 2025 é de déficit zero — equilíbrio entre receitas e despesas — com margem de tolerância de até R$ 31 bilhões, o equivalente a 0,25% do PIB. Ainda assim, a sinalização do governo é de que há risco real de não cumprimento, o que pressiona a equipe econômica a operar cortes impopulares em pleno início de mandato.

Apesar das medidas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), tem reiterado que não há um novo pacote fiscal em elaboração. Na semana passada, o ministro tentou minimizar o impacto das contenções, dizendo que as ações em curso são “exclusivamente para o cumprimento da meta fiscal”. Ainda assim, cresce o desconforto entre aliados e setores do funcionalismo, que veem na política fiscal do governo uma contradição com o discurso de retomada do investimento público e reconstrução do Estado.

A gestão petista, que chegou ao poder com promessas de expansão de políticas sociais e fortalecimento do Estado, agora se vê pressionada a equilibrar o discurso progressista com a realidade de um Orçamento engessado e uma regra fiscal rígida — criada, ironicamente, pelo próprio governo.

Os cortes, ainda não detalhados por área, levantam dúvidas sobre quais pastas sofrerão maior impacto e se haverá novas rodadas de contingenciamento ao longo do ano. O risco político, neste caso, não é menor: comprometer investimentos em infraestrutura ou em programas sociais pode desgastar ainda mais a imagem do Planalto, que já enfrenta dificuldades para manter a base aliada coesa no Congresso.

Assim, o governo Lula começa a pagar o preço de ter vendido otimismo com a política fiscal ao mesmo tempo em que prometia uma guinada desenvolvimentista.

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Nacional

Moraes decreta prisão preventiva de Carla Zambelli

Determinação atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República. Na terça (3), deputada anunciou que havia deixado o Brasil e que pediria licença do mandato

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nesta quarta-feira (4). A ordem atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além da prisão da parlamentar, Moraes também mandou que a Polícia Federal (PF) tome os procedimentos necessários para a inclusão do nome da deputada na lista da Interpol.

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PL expulsa vereador que teria feito criança de escrav4 s3xu4l: “Não vamos passar pano”

A expulsão foi anunciada oficialmente nessa segunda-feira (2) pela presidente do diretório municipal do PL em Canarana, Cláudia Gervazoni

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O Partido Liberal (PL) decidiu expulsar de seus quadros o vereador Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, de 40 anos, eleito no município de Canarana, localizado a 635 km de Cuiabá. A decisão, tomada em conjunto pelo diretório estadual e municipal da sigla, ocorre após o parlamentar ser preso durante uma operação policial que investiga crimes de abuso sexual infantil.

Thiago Bitencourt é suspeito de envolvimento em fatos considerados “gravíssimos” pela investigação, incluindo a suspeita de manter uma menor como “escrava sexual”.

A expulsão foi anunciada oficialmente nesta segunda-feira (2) pela presidente do diretório municipal do PL em Canarana, Cláudia Gervazoni, juntamente com o presidente estadual do partido, Ananias Filho.

Em comunicado divulgado à imprensa, o partido adotou uma postura firme diante da gravidade das acusações contra o vereador. A nota oficial enfatiza que a sigla não irá “passar pano” ou acobertar os fatos, independentemente de quem esteja envolvido.

“Diante dos fatos gravíssimos em que ele está envolvido, afirmamos com clareza: não vamos passar pano, não importa quem seja”, diz um trecho da nota. O partido reforçou seu compromisso com valores éticos e responsabilidade social. “O PL de Canarana tem lado, e é o lado da ética, do respeito e da responsabilidade com a nossa cidade e com a população”, conclui o comunicado.

A prisão do vereador e sua subsequente expulsão do partido geraram grande repercussão na cidade de Canarana e no cenário político estadual. As investigações sobre os crimes atribuídos a Thiago Bitencourt seguem em curso pelas autoridades policiais.

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Carla Zambelli deixa o Brasil e diz que pedirá licença do mandato

Parlamentar foi condenada em 18 de maio a dez anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); ela afirma que deixou o país em busca de tratamento médico.

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A deputada Carla Zambelli (PL-SP) disse nesta terça-feira (3) que deixou o Brasil, que vai se basear na Europa por causa de um tratamento médico e que pedirá licença do mandato.

O anúncio foi feito 15 dias depois de Zambelli ser condenada a 10 anos de prisão pela invasão ao sistemas de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias. Eu vim, a princípio, buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e, agora, eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo”, afirmou a deputada em transmissão no YouTube.

Zambelli citou o correligionário, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também deixou o Brasil e se licenciou do cargo.

“Tem essa possibilidade da constituição, acho que as pessoas conhecem um pouco mais essa possibilidade hoje em dia porque foi o que o Eduardo [Bolsonaro] fez também.”

A defesa da deputada disse não saber para onde foi a deputada.

Na decisão que condenou Zambelli, os ministros da 1ª Turma declararam a perda automática do mandato da deputada, com chancela da Mesa Diretora da Casa. Os parlamentares avaliam, porém, que a decisão sobre a perda do mandato é do plenário da Câmara e não da Mesa Diretora.

Embora seja considerada um incômodo pelo o ex-presidente Jair Bolsonaro, a deputada será acolhida pela bancada do PL na Câmara. Bolsonaro já afirmou que considera a deputada a principal culpada pelo fracasso nas urnas em 2022.

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