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TCU investiga transporte da ex-primeira-dama do Peru ao Brasil em avião da FAB

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A chegada ao Brasil da ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada por corrupção, virou centro de mais um escândalo do governo Lula. O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu procedimento nesta quarta-feira (23) para investigar a legalidade do uso de aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e escolta institucional para o transporte da ex-primeira-dama, que ainda não tinha processo formal de asilo aprovado quando aterrissou em território nacional.

A investigação teve origem em uma representação apresentada pelo deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), que publicou a abertura do procedimento nas redes sociais. “A ex-primeira-dama foi levada ao Brasil com apoio logístico do Estado, sem respaldo legal”, declarou o parlamentar, lembrando que Heredia foi condenada pela Justiça peruana a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, em conexão com os esquemas da Operação Lava Jato.

Segundo Sanderson, a operação foi financiada pelo governo brasileiro antes mesmo de qualquer trâmite legal para concessão de asilo político, o que levanta suspeitas sobre o uso indevido de recursos públicos e favorecimento político-ideológico.

A movimentação causou barulho imediato no Congresso. No Senado, Magno Malta (PL-ES) apresentou voto de censura, acusando o governo de transformar o Brasil em “porto seguro para corruptos condenados”. Já os deputados Adriana Ventura (Novo-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS) exigiram explicações do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em requerimento enviado nesta quarta-feira.

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A condução do caso no TCU ficará sob supervisão do procurador do Ministério Público junto à Corte, Sérgio Caribé. A investigação buscará determinar a responsabilidade de gestores públicos no custeio da operação e se houve base jurídica legítima para o uso de estrutura estatal no transporte de Heredia.

Nadine Heredia é figura próxima do ex-presidente Ollanta Humala e teve papel ativo em escândalos de corrupção que envolveram repasses de empreiteiras brasileiras a campanhas eleitorais no Peru. Sua vinda ao Brasil reacende a velha chama da Operação Lava Jato, agora misturada com questões diplomáticas, favores logísticos e um avião da FAB que virou Uber para fugitivos de luxo.

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Sede vacante: o que acontece agora com a Igreja após a morte do Papa Francisco

Com o trono de São Pedro vazio, Igreja Católica inicia ritos para escolha do novo pontífice, sob comando do Camerlengo e com eleições previstas para as próximas semanas.

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Foto: RCP/Medea

Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21), a Igreja Católica entrou oficialmente no período conhecido como sede vacante, expressão latina que significa “assento vazio”. Isso ocorre sempre que o cargo de Bispo de Roma — o papa — fica vago, seja por renúncia ou falecimento.

A partir do momento em que a morte do pontífice é confirmada pelo Camerlengo, neste caso o cardeal Kevin Farrell, uma série de protocolos é desencadeada. Segundo a tradição, o Camerlengo chama o nome de batismo do papa três vezes — Jorge Mario Bergoglio — sem resposta. Depois, sela os aposentos papais, destrói o anel do pescador e o selo oficial, encerrando simbolicamente o seu pontificado.

Funeral e luto

O funeral do Papa deverá acontecer entre quatro e seis dias após a morte, seguido por um período de nove dias de luto oficial da Igreja. Durante esse tempo, missas e cerimônias serão realizadas em honra ao pontífice falecido.

Conclave e eleição do novo Papa

Entre 15 e 20 dias após a morte de Francisco, será convocado o conclave — reunião exclusiva dos cardeais eleitores, todos com menos de 80 anos, que têm a missão de eleger o novo papa. Atualmente, são 135 cardeais aptos a votar, incluindo quatro portugueses.

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O conclave ocorre na Capela Sistina, no Vaticano, sob forte sigilo. Durante todo o processo, os cardeais ficam isolados do mundo exterior, hospedados na Casa Santa Marta. A área é inspecionada para impedir qualquer comunicação ou escuta indevida.

No primeiro dia, há uma única votação. A partir do segundo, os cardeais votam quatro vezes por dia. Os votos são queimados após cada rodada: a fumaça preta indica que não houve consenso; a branca, que um novo papa foi escolhido. Para que haja eleição, o candidato precisa de dois terços dos votos.

Habemus Papam

Assim que um cardeal aceita a eleição, ele escolhe seu nome pontifício e veste pela primeira vez os trajes papais. Em seguida, o decano do Colégio Cardinalício anuncia na sacada da Basílica de São Pedro: “Habemus Papam” — “Temos Papa”.

O novo pontífice, então, aparece ao público e profere sua primeira bênção Urbi et Orbi, à cidade de Roma e ao mundo, encerrando o período de sede vacante e dando início a um novo capítulo da Igreja Católica.

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‘Profecia dos Papas’: escritos encontrados no Vaticano apontam para a data do Juízo Final; veja

Obra atribuída a São Malaquias aponta o sucessor de Francisco como o último papa, “Pedro, o Romano”, que lideraria a Igreja durante sua destruição e o fim dos tempos, que ocorreria em 2027.

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A morte do Papa Francisco, anunciada nesta segunda-feira (21) pelo Vaticano, trouxe novamente à tona uma antiga obra cercada de mistério e controvérsia: a Profecia dos Papas, supostamente escrita no século XII por São Malaquias, bispo irlandês que teria tido uma visão profética durante uma visita a Roma em 1139.

A obra, descoberta nos arquivos do Vaticano em 1595 pelo monge beneditino Arnold Wion, contém 112 lemas curtos em latim, que descreveriam os pontífices da Igreja Católica a partir de Celestino II, eleito em 1143, até o fim do mundo. A última profecia menciona um papa chamado “Petrus Romanus” — Pedro, o Romano — que conduziria a Igreja em meio a grandes tribulações, culminando na destruição de Roma e no Juízo Final.

“Pedro, o Romano, alimentará seu rebanho entre muitas turbulências, após as quais a cidade das sete colinas será destruída e o formidável Juiz julgará seu povo”, diz a derradeira frase da obra.

Ligação com Francisco e especulações sobre o sucessor

Foto: RCP/Medea

Muitos estudiosos e intérpretes sugerem que Francisco seria o último papa antes da chegada de Pedro, o Romano, ou até mesmo que ele próprio teria encarnado essa figura profética, dado seu nome de batismo — Jorge Mario Bergoglio — e a forte ligação pastoral que manteve com o povo.

Outros apontam que o sucessor de Francisco poderá cumprir a previsão, sobretudo por enquadrar o cenário atual de instabilidade geopolítica e moral, conforme descrito no texto.

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A teoria ganha força com uma cronologia simbólica: se o Papa Sisto V, citado como o 75º pontífice na linha da profecia, foi eleito em 1585 — 442 anos após Celestino II —, e Francisco foi o 111º da lista, o cálculo indicaria que o Juízo Final viria 442 anos depois de 1585, ou seja, em 2027.

Autenticidade em discussão

Foto: RCP/Medea

Apesar da popularidade, muitos historiadores consideram que a profecia tenha sido fomentada no século XVI, provavelmente com fins políticos durante disputas pela sucessão papal. Isso explicaria por que os lemas anteriores a 1590 são mais precisos, enquanto os seguintes tornam-se vagos e facilmente adaptáveis a múltiplas interpretações.

Ainda assim, a coincidência entre alguns lemas e episódios marcantes da história da Igreja — como a frase “De labore Solis” (“Do eclipse do Sol”), associada a João Paulo II, que nasceu durante um eclipse solar — segue alimentando a curiosidade de fiéis e pesquisadores, embasados em questionamentos e antigas interpretações.

Agora, com a abertura do período de sede vacante e a expectativa pela escolha do novo papa, o assunto entra em alta outra vez: será ele Pedro, o Romano? Caso se confirme, muitos se perguntam se isso poderia representar o prenúncio do Juízo Final.

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Papa Francisco morre aos 88 anos

Aos 88 anos, líder católico enfrentava problemas de saúde e apresentou um quadro grave antes do anúncio oficial de sua morte.

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Foto: RCP/Medea

O papa Francisco faleceu nesta segunda-feira (22), às 7h35 (horário de Roma), aos 88 anos. O anúncio foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, Camerlengo da Santa Sé, diretamente da Casa Santa Marta, onde o pontífice residia. “Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Igreja”, afirmou Farrell.

O cardeal também lembrou que, mesmo debilitado, Francisco apareceu publicamente pela última vez neste domingo (20), durante a tradicional bênção Urbi et Orbi, na sacada da Basílica de São Pedro. “Deixou sua última mensagem para a Igreja e o mundo”, disse.

Francisco vinha enfrentando problemas de saúde nos últimos anos, agravados por sucessivas infecções respiratórias e dificuldades de mobilidade. Desde fevereiro, após uma internação por bronquite, sua condição vinha se deteriorando, ainda que ele mantivesse parte da agenda, com reuniões e audiências em sua residência.

Nascido Jorge Mario Bergoglio em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Francisco foi o primeiro papa das Américas e o primeiro jesuíta a assumir o trono de Pedro. Filho de imigrantes italianos, formou-se técnico em química antes de ingressar no seminário. Foi ordenado sacerdote em 1969, nomeado bispo auxiliar em 1992 e, em 2001, cardeal por João Paulo II.

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Em março de 2013, foi eleito papa após a renúncia de Bento XVI — de quem presidiu o funeral em 2023. Escolheu o nome Francisco em referência a São Francisco de Assis, símbolo de humildade e dedicação aos pobres. Ao longo de seu pontificado, marcou-se pela defesa do meio ambiente, do diálogo inter-religioso, da misericórdia e da inclusão social.

Nos últimos meses, Francisco reduziu o ritmo por causa da saúde debilitada. Chegou a usar cadeira de rodas com frequência e evitava discursos longos. Em 2024, chegou a dizer que uma eventual renúncia era “uma hipótese distante”, já que ainda se considerava apto para seguir no cargo.

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